PEDRO TUDELA
24.05.2008



“Up Side Down”

O espaço que este sótão ensina é uma grande área que parte de um regular apartamento, corre por uma escada ou se eleva pelo ascensor e prolonga manifestos que se declaram e permanecem acumulados.
É assim que todos olhos e memórias o encontram, porque o sítio e o momento ainda fazem parte do território, porque a matéria de que é assente é o suporte de todos os planos.
Para este projecto “Up Side Down”, o meu gesto faz-se da soma da comarca Mad Woman. Tal como qualquer oportuno suporte, relaciona-se com uma arquitectura cujos projectos aclamam e obrigam que se viva o assunto do próprio lugar.

A janela e o intervalo
Quando nos congregamos a objectos como um microfone e um par de colunas, imediatamente nos confrontamos com os extremos de um miolo que pode ser nosso ou de outro, mas certamente pautado pelo tempo pela e acção. São as pontas de um género alargado do som, que quando se aproximam descarnam, desafiando o feed back.
O som propaga-se pelo ar, pelos líquidos e pelas massas mais sólidas. A massa sonora revela-se em ondas que, num passado recente, se apresenta manifestamente em barras reguladas por linhas progressivamente expandidas ou condensadas.
O sítio de onde brota o evento, tanto na cena compositora como na performativa, é invariavelmente a “boca“ de uma corneta que parte do sistema inverso ao do funil. Recorremos ao funil para nos ajudar a comprimir quantidade em corrente transitoriamente metamorfoseada em “linha”. Mas a nossa abertura, desfralda a produção que por ela passa num notificado aumento, dando importância aos novelos e linhas que, num estado de reprodução gráfica, se revelam no espaço, ocupando tudo como uma espécie de contágio temporal.
Imagine-se uma musica que se detém numa etapa avançada do “Pendulum Music” de Steve Reich e estimula o ofício de alertar o mérito das matérias, das afinidades e do tempo estacionado na tabela dos pré-conceitos e das relações antagónicas.

Pedro Tudela 2008


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Tipo de evento_
Artes plásticas/ instalação / visual/ sonoro.
(ENTRADA LIVRE)

Inaugura_
SAB. 24 Maio 2008
16:00/20:00

Até_
29 Junho 2008
Visitas só por marcação pelo seguinte número:
André Sousa 91 791 00 31


Artista/Obra apresentada_
Pedro Tudela
“Up Side Down”
Instalação. Materiais: Alumínio, vidro, esponja, cones de altifalante, cabo de aço, microfone, cabos de áudio, amplificador de som e altifalante.

Lançamento da edição:
Fotografia cor 20x15 cm
(ed 10 exemplares)

Texto_
“Up Side Down”

O espaço que este sótão ensina é uma grande área que parte de um regular apartamento, corre por uma escada ou se eleva pelo ascensor e prolonga manifestos que se declaram e permanecem acumulados.
É assim que todos olhos e memórias o encontram, porque o sítio e o momento ainda fazem parte do território, porque a matéria de que é assente é o suporte de todos os planos.
Para este projecto “Up Side Down”, o meu gesto faz-se da soma da comarca Mad Woman. Tal como qualquer oportuno suporte, relaciona-se com uma arquitectura cujos projectos aclamam e obrigam que se viva o assunto do próprio lugar.

A janela e o intervalo
Quando nos congregamos a objectos como um microfone e um par de colunas, imediatamente nos confrontamos com os extremos de um miolo que pode ser nosso ou de outro, mas certamente pautado pelo tempo pela e acção. São as pontas de um género alargado do som, que quando se aproximam descarnam, desafiando o feed back.
O som propaga-se pelo ar, pelos líquidos e pelas massas mais sólidas. A massa sonora revela-se em ondas que, num passado recente, se apresenta manifestamente em barras reguladas por linhas progressivamente expandidas ou condensadas.
O sítio de onde brota o evento, tanto na cena compositora como na performativa, é invariavelmente a “boca“ de uma corneta que parte do sistema inverso ao do funil. Recorremos ao funil para nos ajudar a comprimir quantidade em corrente transitoriamente metamorfoseada em “linha”. Mas a nossa abertura, desfralda a produção que por ela passa num notificado aumento, dando importância aos novelos e linhas que, num estado de reprodução gráfica, se revelam no espaço, ocupando tudo como uma espécie de contágio temporal.
Imagine-se uma musica que se detém numa etapa avançada do “Pendulum Music” de Steve Reich e estimula o ofício de alertar o mérito das matérias, das afinidades e do tempo estacionado na tabela dos pré-conceitos e das relações antagónicas.

Pedro Tudela 2008


Pedro Tudela_Bio_
Nasceu em Viseu em 1962
Concluiu o Curso de Pintura da [ESBAP] em 1987
Enquanto aluno da [ESBAP], foi co-fundador do Grupo Missionário: organizou exposições Nacionais e Internacionais de pintura, arte postal e performance.
Participou em vários festivais de performance desde 1982
Autor e apresentador dos programas de rádio “Escolhe um edo” e “Atmosfera Reduzida” na Xfm entre 1995 e 1996
Em 1992, por ocasião da exposição "mute...life" funda o colectivo multimédia Mute Life dept. [MLd].
Enveredou na produção sonora em 1992, participando em concertos, performances, edições discográficas em Portugal e no Estrangeiro.
Colabora com o grupo virose e ingressa na [virose-associação cultural e recreativa] a partir de 2000
Co-fundador e um dos elementos do projecto de música experimental electrónica @c.
Membro fundador da media label Crónica.
Assistente da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto [FBAUP] desde 1999.
Expõe individualmente com regularidade desde 1980.
Trabalha como cenógrafo desde 2000.
Participou em inúmeras exposições colectivas em Portugal e no Estrangeiro desde o inicio da década de 80.
Vive e trabalha no Porto

Links_
www.pedrotudela.org
www.virose.pt/tudela
www.at-c.org
www.discogs.com/artist/Pedro+Tudela
http://www.discogs.com/artist/@c


Local_Contactos_
MAD WOMAN IN THE ATTIC
Rua Alves Redol, 407 5ºD. P-4050-043 Porto

(+351) 91 791 00 31 mw_intheattic@yahoo.com